Nem eu nem você nos sentimos confortáveis em saber que trabalhamos muito e, ao mesmo tempo, a nossa capacidade de gerar riqueza, ainda, é significativamente mais baixa comparada à produzida por países desenvolvidos como os Estados Unidos. Há algo de muito errado nisso. Precisamos repensar a forma como executamos as nossas práticas industriais que muitas vezes são deliberadas, pelo impulso, na ilusão que vamos chegar lá com esse tipo de atitude tão comumente observada no ambiente de trabalho. Ser somente proativo não basta sem planejar com eficiência o que fazer, antes de executar as ações corretivas e futuras. Estamos acostumados a enfrentar nossos desafios e resolver problemas, usando a técnica da tentativa e erro e desconhecemos outras possibilidades como a expertise ortogonal. Por essa razão, especializamos em apagar incêndios, fazer antes de planejar e priorizar ações sem analisar sua real relevância para o negócio no qual estamos inseridos.
Uma pesquisa da Folha de São Paulo, publicada em 04/09/2015, revela que a riqueza gerada por um americano equivale a produzida por quatro brasileiros. Não temos dúvida que nós brasileiros trabalhamos muito, porém precisamos pensar e planejar as nossas ações, antes de executá-las. Gastamos muito tempo fazendo sem qualquer planejamento, improvisando e tentando criar soluções quase que mágicas. O que se observa é que utilizamos muito pouco do conhecimento que aprendemos nas Faculdades e Universidades e, consequentemente, influenciamos muito pouco o crescimento do negócio. Criamos a falsa ideia de que a teoria é uma coisa e a prática é outra. Na realidade, são dois aspectos importantes que se complementam de forma sinérgica, principalmente, quando se desenvolve a expertise ortogonal. Ao invés de se aculturar com ideias que comprovadamente geram pouca riqueza, precisamos planejar os nossos projetos com expertise ortogonal para que gerem riquezas comparáveis aos países desenvolvidos.